Eu morava na Rua Araújo (estive no prédio há uns dois anos e me emocionei muito), próximo à Caetano de Campos. Tinha mudado poucos meses antes da Rua Caio Prado, quase esquina com a Av. Consolação; e conforme minha mãe me contava, foi muito difícil conseguir matricular-me lá. Era um colégio público extremamente conceituado (como hoje né?), e entrar na escola não era fácil. Graças a insistência de minha mãe, consegui enfim ser um Caetanista.
Os primeiros dias foram muitos intensos, pois aquele lugar era mágico, embora austero. Todos uniformizados, fila indiana com medida tomada pelo braço direito esticado no ombro do colega da frente, e depois, todos perfilados contando o hino nacional, pelo menos uma vez por semana. As professoras esmeravam-se no seu ofício, e o faziam por amor verdadeiro e vocação. Ficava atento, prestando atenção a tudo, tenso nos primeiros dias, e depois familiarizando-me com alguns(mas) colegas, tudo ficou mais tranquilo.
Lembro-me dos "impagáveis" recreios, quando os meninos ficavam, normalmente, de um lado, e as meninas de outro; e os comentários "corriam" soltos. Meu grande amigo à época era o Denis, porém tinhamos uma diferença, pois nós dois simpatizavamos com uma colega, e tivemos algumas "rusgas" por isso. Mesmo assim, por morar perto, alguns amigos iam ao meu apto. para estudarmos, e o Denis e a tal colega eram presenças quase constantes. Hoje posso dizer, por mais que gostasse do Denis, muitas vezes gostaria que ele tivesse outro compromisso e não viesse junto.(rs,rs,rs...) Mas com certeza, eram momentos sublimes, pois a amizade entre nós três era verdadeira, e às vezes os ciúmes faziam parte do jogo de cena.
Lembro-me também do Pompilio, ótima pessoa.
Puxa, são tantos colegas, situações que estão em algum "quartinho" de meu cérebro, que tenho convicção que encontrarei as "chaves" para abrir a "porta", e aí, muitas lembranças virão à tona. Mas uma coisa eu posso afirmar: foram anos maravilhosos!
- Ugo Santerini
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