terça-feira, 23 de agosto de 2011

Carolina Ribeiro- diretora de 1939 `a 1947 e de 1953 à 1954

Paulista de Tatui, Carolina nasceu em 28 de janeiro de 1892 e faleceu aos 90 anos, em 15 de abril de 1982, deixando importante legado para a educação na carreira que percorreu no magistério público e desbravou na hierarquia institucional, até então fechados à atuação feminina. Em 1907, concluiu seus estudos, muito jovem, aos quinze anos, formando-se professora na Escola Complementar de Itapetininga. Iniciou su carreira no magistério no ano seguinte, em 1908, como substituta na Escola Modelo anexa à Normal de Itapetininga e , desde então, dedicou-se ao ensino público paulista.
 Em 1912, tornou-se substituta efetiva adjunta no Grupo Escolar São Manuel, transferindo-se para a capital no ano seguinte, em 1913, para lecionar no Grupo Escolar “Maria José “.
Sob a influência do pai, José Dionísio Ribeiro, assumiu a missão por ele incumbida, pouco antes de sua morte: “Posso morrer tranquilo, deixo cinco filho preparados para servir à Pátria, pela educação- cinco professores”.
Assim, profundamente imbuída na missão de formar almas e inteligências, na década de 1920 inicia nova etapa em sua experiência profissional, assumindo a cadeira de português na Escola Normal do Brás, entre 1920 e 1921 e , posteriormente, a carreira de diretora, organizando o grupo Escolar São José, localizado no Ipiranga, de 1923 a 1931 e o Grupo escolar Erasmo Braga ( o segundo grupo escolar na Consolação), em 1932. Percurso que culminou em 1935, para dirigir a escola primária anexa ao Instituto de educação- nova denominação da Escola Normal da Praça da República- e auxiliar de Fernando de Azevedo, então diretor do Instituto. Função na qual permaneceria por quatro anos até que os acontecimentos a levassem a acumular o cargo, dirigindo, também a Escola Normal.
Podemos encontrar em vários números do Jornal Folha da Manhã e Folha da Noite registrando muitos eventos ligados à escola, onde Carolina Ribeiro aparece liderando os mais variados eventos ora com campanhas de educação até mesmo para adultos analfabetos,ora recebendo celebridades ligadas ao ensino e literatura, promovendo encontros com entidades ligadas à filantropia e educação de pais, entre outros.
Em 1937 reorganiza a Biblioteca Infantil, agora com novo mobiliário, adequado `a leitura dos alunos do primário.
Foi contraria às novas reformas de ordem pedagógica e administrativas que culminou com a nova denominação de Instituto Caetano de Campos, que o distinguia do curso normal, oferecendo formação para professores em curso superior ( na época, foi construído o terceiro andar do prédio, que acomodou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras).
Quando D. Carolina resolvia executar algum projeto, por mais difícil que fosse, levava adiante, mesmo diante de dificuldades como comunicação, nada a impedia de concretizar estes projetos. Numa época que mal se falava ao telefone, organizou um evento em 1946, com muitas escolas do estado de São Paulo, para as comemorações do dia do Centenário da Escola Normal. Para o qual requeriu às demais escolas que providenciassem: contato imediato com ela em correspondência, documentos referentes à história da Escola normal local, fotografias de objetos, alunos, documentos e trabalhos de alunos, além de uma missa a ser celebradas no dia e também sugestões para  “abrilhantar “o evento.
Esse pedido foi feito no dia 19 de fevereiro de 1946.
No dia 16 de março , ou seja, um mês depois, iniciaram-se as comemorações. Todas as escolas solicitadas atenderam ao pedido.
No ano de 1947, D. Carolina resolve criar um projeto para a alfabetização de adultos nas escolas normais do estado. Uma competição com premiação às escolas e às normalistas participantes. Conseguiu patrocínio de diversas empresas que colaboraram com os prêmios, e , no final de 1948, 2.000  pessoas haviam sido alfabetizadas, não havia nada que a impedisse de realizar as mais impossíveis causas e com seu prestígio conseguia a colaboração de todos.
Era excelente oradora, organizava simpósios, encontros, comemorações.
Foi autora de letras de hinos, como o Hino da Cruz Vermelha Brasileira, o Hino das Normalistas e de despedida dos pracinhas. Publicou as obras: A Educação através da História. Foi Secretária da Educação em 1955, no governo Jânio Quadros.
Em 1975, aos 83 anos assume a direção da associação dos ex-alunos do Caetano de Campos, na luta para a preservação do prédio como escola.
Recebeu Prêmio Roquete Pinto, em 1978, como educadora emérita. Em 1982, ano de sua morte, foi homenageada, com busto esculpido pelo artista plástico Luiz Morrone.


 Foto entre 1935 e 1939, quando ainda era assistente de direção da escola anexa à Escola Normal, D. Carolina encontra-se bem ao centro entre as crianças em dia de festa

                              Foto com professoras do primário, década de 1930

              1938- Jornal Nosso Esforço- maio/junho-  Assistência às crianças com tuberculose


            1939- julho- Jornal nosso Esforço: sessão cinematográfica beneficiente

                               1939- Outubro: início do "Lanche sadio" na escola





















                                     Com um grupo de professores, década de 1940

                        Em1947, D. Carolina passa a direção para o Prof. Francisco Cimino


                                          Com um grupo de prfessores- década de 1950




                       Em 1955, passa o cargo para o Prof. João Carlos Gomes Cardim

                                         Já como secretária da educação em 1955

           1975- Aos 83 anos: Na luta para a preservação do prédio e continuidade da escola (     segunda da direita para esquerda).

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Revistas Jardim da Infância e Eschola Publica

No ano da inauguração do jardim da infância, 1896, Gabriel Prestes, diretor da Escola Normal, editava a Revista Jardim da Infância, visando "tornar conhecidos os processos empregados em tais instituições de ensino e reunir os elementos artísticos necessários à organização do ensino infantil pelo sistema froebeliano", constintuindo-se em um instrumento para aperfeiçoar a instituição aberta na Capital e facilitar a criação das outras, tanto públicas, quanto particulares. Cada um dos dois números publicados, o segundo deles em 1897, tem em torno de trezentas páginas, com artigos voltados para a prática docente.
Havia também a publicação "A Eschola Publica", onde Gabriel Prestes, juntamente com outros professores do Caetano de Campos e escola Normal também colaboravam.
Eis abaixo um dos números da revista e fotos sem data, porém percebe-se que se trata do assunto comentado no artigo: trabalhos manuais realizados pelos alunos do Caetano de Campos, nas aulas de trabalhos manuais e expostos ao público.

                                   Revista A Eschola Pública- num 3 do ano de 1896



          Noticiário conta sobre a exposição dos trabalhos dos alunos do Caetano de Campos


 Sem data-  Trabalhos diversos executados por alunos do Caetano de Campos




Podemos ver que havia diversos objetos executados em madeira. Naquela época, nos porões da escola funcionava a oficina de marcenaria, onde os meninos tinham este tipo de aula


Fonte: "Caetano de Campos"Fragmentos da História da Instrução pública em São Paulo- Maria Cândida Delgado Reis-1994

Arquivos Cre Mário Covas

sábado, 20 de agosto de 2011

Irene Maiuri Vilhegas- diretora do Jardim da Infância


Não há aluno da nossa escola que não conheça a D. Irene, diretora do Jardim da Infância, que por 30 anos dedicou sua vida aos pequeninos que pelo Jardim passaram.Começou em 1951 como professora e dez anos depois tornou-se diretora efetiva.
Irene Maiuri Vilhegas nasceu em São José do Rio Pardo a 1 de fevereiro de 1913, filha de Inocêncio Vilhegas e Amélia Silva Guerra, tinha 7 irmãos.
Iniciou seus estudos no Jardim de Infância de sua cidade Natal,no Colégio São José, em 1918. Mudou-se para Campinas, onde concluiu o primário em 1922 e o ginásio em 1926 no colégio do mesmo nome, São José.
Veio para São Paulo, onde formou-se na Escola Normal do Instituto Caetano de Campos,em 1933. Em 1943,cursou Puericultura, na Cruzada Pró-infância, organização fundada por Pérola Byinghton, e que desde o início tinha grande ligação com o IECC.
Em 1948, foi substituta efetiva em várias escolas em São Paulo.Em 1950,ao passar em primeiro lugar em concurso para professora primária e pré-primaria do Estado, tornou-se professora efetiva e escolheu aulas na primeira escola mista do bairro Rio Pequeno em Osasco.
Em 1951,tornou-se professora comissionada no Jardim de Infância do Instituto Caetano de Campos. Continuou fazendo vários cursos como o de Higiene mental da associação de educadores sanitários em 1952 e intensivo de pré-primário no departamento de educação,em 1953.
Em 1954,efetivou-se como professora do Jardim e fez os cursos de aperfeiçoamento primário na própria escola, de estudos psicopedagógicos na sociedade de psicologia de São Paulo e de Fundamentos e técnicas de recreação.Em 1955 fez o Curso de Psicologia da vida familiar,como extensão universitária no IECC.
Em 1961, tornou-se diretora efetiva do Jardim de Infância , cargo em que permaneceu até 1977, último ano que a escola ficou na Praça da República.
A lembrança que temos daquela pequena grande diretora é de uma pessoa muito querida pelos alunos. Era uma figura maternal,que com sua presença nos confortava, fazendo a nós ,os pequenos recém-chegados àquele estranho universo, sentirmos alegres e confiantes.
Era dinâmica, organizando todas as festas e eventos que por anos constituiu a tradição da escola: tudo era grandioso, bem elaborado e o mais importante, com a presença e participação das famílias. Sim, D. Irene conhecia a todos, unia a família e escola, promovia visitas a diversos pontos de interesses, como fazendinhas, granjas, mini zoológicos, muitas vezes com a colaboração e companhia dos pais.
Sempre havia a presença de mães e avós no Jardim de infância: costurando fantasias , organizando murais e festas em conjunto com as professoras ,orientando as famílias dos novos alunos a como executar os uniformes, que eram feitos sob medida para todos nós e deveria seguir um padrão.
Havia também as capinhas das cadeiras, mas essa é outra história...
Nossa diretora teve uma filha, Yara Cecília Maiuri Teixeira da Silva, caetanista como nós, teve o privilégio de ter tido uma mãe exemplar,dedicada, amada e respeitada, lembrada por todos com muito carinho, nossa D. Irene.


                                     Foto rara de 1957, ainda como professora


                          1960 com o Diretor superintendente Raul Shwinden


Foto tirada entre 1964 e 1966 com o Diretor Superintendente Prof. Dr. João Gomes Cardim


                            Foto tirada entre 1964 e 1966- Solenidade no auditório


                           Sem data: Confraternizando com professoras


     Década de 1960- Participação de mães e avós voluntárias no Jardim de infância


Década de 1960- com a diretora superintendente Yolanda Marcucci ( ao centro com o colar)


                            1969- Passeando com alunos- aqui em companhia das mães


                             Década de 1970, em companhia dos alunos do primário


              1975- No meio da criançada em evento na frente da escola ( no fundo ao centro)

                                                                            1972




Fonte: CRE Mário Covas

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Fernando Amaral

Bandas, bandinhas e fanfarras

Bandas, bandinhas, fanfarras, a escola sempre aparece com alguma delas em alguma ocasião especial. No início, até instrumentos mais sofisticados aparecem, como harpas e violinos , vejam na sequência:

1905- Ao centro do coreto, 2 alunas tocam a harpas e são regidas pelo pequeno maestro. As crianças tocam flautas e violinos. Isso já parecia uma mini orquestra!

1905- crianças na entrada do antigo prédio do jardim da infância ( demolido em 1939), com harpas, violinos e instrumentos de cordas, provavelmente os mesmos alunos da foto anterior.

               1954- Quarto centenário de São Paulo- desfile no centro com a fanfarra da escola

               1954- Mesmo desfile, alunos do Caetano da fanfarra, na porta da escola

                                          1954- Mesma comemoração, aluna do primário

1960- Em setembro daquele ano, os alunos foram gravar a comemoração da festa da árvore na rádio canal 2

                                 Década de 1960- bandinha japonesa do Jardim da infância

                                Década de 1960- bandinha do jardim da infância

                         1961- Bandinha do Jardim- Foto do Marcelo Bin, segurando o pandeiro

1961- bandinha do Jardim- Foto do Marcelo Bin

              Década de 1970- Fanfarra no pátio da escola

        1972- Festa da Pipoca no Sesc Vila Nova, ano do Sesquicentenario da Independência

            Foto 1972- Pequena banda

                   1974- Bandinha- ao centro o filho da prof. Odete Cação, com o chocalho azul