Dos ex-alunos que estudaram na primeira série do Caetano de Campos em 1971, e se formaram do ginásio em 1978 no período da manhã, em homenagem a todos que estudaram ou trabalharam na maior Instituição Pública de Ensino de São Paulo.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Fernando Penteado Cardoso
Fernando Penteado Cardoso, é hoje provavelmente o Caetanista mais antigo de que se tem conhecimento. Aos 97 anos, concedeu-me esta entrevista ( 30/11/11), lembrando-se de fatos muito interessantes da época em que estudou na Escola : de 1925 , quando entrou na terceira série, até 1927. No mês de agosto eu havia pedido autorização à colega Wilma Legris que havia publicado no seu blog uma matéria que o Dr Fernando havia lhe enviado, para também publicá-lo aqui pois era muito interessante e quis conhecê-lo pessoalmente. Toda esta matéria com fotos e relato encontra-se neste blog no mês de agosto ( clique aqui)
Dr. Fernando nasceu em 19 de setembro de 1917, é considerado um dos maiores agrônomos do país e já foi inclusive Secretário da Agricultura.
Os diretores a que o Dr. Fernando se refere na entrevista são os profs Arnaldo de Oliveira Barreto( 1924-1925) e Carlos Alberto Gomes Cardim (1925- 1928).
O mais incrível destes depoimentos é cruzar os dados que temos à disposição no acervo que encontra-se aos cuidados do CRE Mário Covas: eu havia postado fotos , por exemplo, de uma apresentação na Praça da República em 1926. Esse evento saiu no relatório da Escola Normal daquele ano. Hoje, descobri que o Dr. Fernando estava lá participando, numa demonstração de "Ginástica Sueca "; assim todos os dias vou juntando os pedacinhos do quebra-cabeças que montam toda a história da nossa Escola e posso dizer com certeza que foi a melhor escola do Brasil, sem nenhuma dúvida ( que o pessoal do Pedro II não nos ouça...)
Patrícia Golombek
1926- Praça da República- demonstração de " Ginástica Sueca "
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Apresentações e Desfiles
Filme sem data e mudo com desfile e apresentação de ginástica com alunos de diversas escolas. D. Carolina Ribeiro aparece hasteando a bandeira e recebendo flores. Como a cena se passa no Ibirapuera que foi inaugurado em 22 de agosto 1954 e D. Carolina Ribeiro foi nomeada Secretária da Educa,cão em 2 de fevereiro de 1955, provavelmente esse filme foi feito naquela época. Depois do desfile há um coquetel com autoridades e percebe-se que ela é o centro das atenções
A Escola participou de inúmeros desfiles de 7 de setembro tanto nas ruas do centro como no Estádio do Pacaembú, que foi inaugurado em abril de 1940. No 7 de setembro daquele ano , a escola já está presente sendo representada pelos alunos. Tenho um registro de um desfile no Pacaembú de 1977, último ano que a escola esteve na Praça da República.
1940- Novembro- Jornal "Nosso Esforço "
1941- Jornal "Nosso Esforço"
Setembro de 1943- Jornal "Nosso Esforço "
1945
1948
1952- olha o Américo Salvato aí gente, carregando o dístico da Escola n frente do prof Enio Voss!!!
1954- 4* Centenário de São Paulo
1954
1954- Foto da normalistas da Escola: Eloísa Salvato
1954
1955- D. Carolina Ribeiro no Pacaembú, como Secretária da Educação
1955- 7 de Setembro- comemorando 10 anos da FEB- Foto de Elyseu Guilherme Salgado Rocha
1958- Semana do Trânsito
1961- Desfile de 21 de abril
1961- Tiradentes
7 de setembro de 1977- Pacaembú- Foto de Nádya Hochleitner
Acervo: Patrícia Golombek
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
O pedido de D. Carolina Ribeiro
Ao completar o cinquenta anos da inauguração do Jardim de Infância, em 1946, D. Carolina Ribeiro, diretora do Caetano de Campos, solicita ao então prefeito Abraão Ribeiro a construção de um novo prédio para abrigar o Jardim de Infância, que desde o ano de 1940, quando a sua edificação que ficava nos fundos do prédio principal, havia sido demolido- para abrirem uma avenida -estava com número de classes reduzidos. O jardim, então, que estava instalado no final de uma das alas da escola, não tinha vagas suficientes para a demanda de alunos inscritos.
Ela consegue, então a verba necessária para uma ampliação do Jardim, no próprio prédio principal e não numa construção complementar, como havia sido pedido de início. Para dar um equilíbrio à arquitetura do prédio, na ala oposta, onde havia a biblioteca infantil, há também um aumento no número de salas incorporadas na nova reforma que acresce salas de aulas nos pavimentos superiores.
Esta reforma foi feita no ano de 1948, com projeto assinado pelo arquiteto Romano Eitelberg.
Não era a primeira vez que D. Carolina havia pedido verbas para o governo: no final da década de 1930, ele pede para o então Governador Adhemar de Barros a verba para a construção do auditório, que é inaugurado por ele no ano de 1941. Lembrando que em 1936 as obras do terceiro andar já estavam concluídas.
Maio de 1946- Jornal "Nosso Esforço"
Foto original: D. Carolina Ribeiro com a aluna que declamou o texto e as filhas de Caetano de Campos, além da grande pianista Guiomar Novaes, que havia sido aluna da Escola, entre outros
A aluna Haydée Dias de Oliveira declamando versos da prof. Alice Meireles Reis
Ela consegue, então a verba necessária para uma ampliação do Jardim, no próprio prédio principal e não numa construção complementar, como havia sido pedido de início. Para dar um equilíbrio à arquitetura do prédio, na ala oposta, onde havia a biblioteca infantil, há também um aumento no número de salas incorporadas na nova reforma que acresce salas de aulas nos pavimentos superiores.
Esta reforma foi feita no ano de 1948, com projeto assinado pelo arquiteto Romano Eitelberg.
Não era a primeira vez que D. Carolina havia pedido verbas para o governo: no final da década de 1930, ele pede para o então Governador Adhemar de Barros a verba para a construção do auditório, que é inaugurado por ele no ano de 1941. Lembrando que em 1936 as obras do terceiro andar já estavam concluídas.
Maio de 1946- Jornal "Nosso Esforço"
Foto original: D. Carolina Ribeiro com a aluna que declamou o texto e as filhas de Caetano de Campos, além da grande pianista Guiomar Novaes, que havia sido aluna da Escola, entre outros
A aluna Haydée Dias de Oliveira declamando versos da prof. Alice Meireles Reis
sábado, 26 de novembro de 2011
Escola Normal de 1846 à década de 1980
Filme sobre a criação da Escola Normal (depois Caetano de Campos), desde o Império até a década de 1980. Mais detalhes desta história pode ser lida no mês de Maio deste blog. Vídeo Univesp.
A seguir todas as edificações que abrigaram a Escola Normal, até o prédio definitivo da Praça da República, inaugurado em 1894:
1846- Edifício contíguo à catedral da Sé
1875- Faculdade de Direito de São Paulo- curso ministrado num Anexo
As meninas ficavam num anexo ao Seminário da Glória, onde atualmente fica o prédio do Correio
1880-1881-Edifício da antiga Câmara- na Rua do Tesouro
1881 à julho de 1894- Rua da Boa Morte, 39 na sexta casa do lado direito ( o único sobrado nesse lado)
15 de Novembro de 1889- foto tirada no sobrado da Rua da Boa Morte ( do arquivo do prof. João Lourenço Rodrigues)
Sem data-Fotos da mesma edificação, desta vez com as alunas
1894- Sede própria da Escola Normal da Praça
Fonte:
Fotos: acervo Patrícia Golombek
Poliantéia Comemorativa - 1* Centenário do Ensino Normal de São Paulo
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Reformas Arquitetônicas no IECC
Por Patrícia Golombek
Desde a sua construção em 1894, o prédio da escola Caetano de Campos sofreu várias reformas. Projetada pelo engenheiro Paula Souza e desenvolvido e construído pelo escritório de Ramos de Azevedo, logo após o primeiro ano de funcionamento já sofreu a primeira reforma.
O prédio que tinha sido concebido em formato de U, foi acrescentado em cada ponta com algumas classes, mudando, então para o formato da letra E.
Planta original em forma de "U ". Ao centro, o edifício que abrigava o ginásio esportivo.
Planta de 1895, com o acréscimo de 12 salas de aula: 6 no primeiro pavimento ( 3 em cada ala) e 6 no segundo. As plantas são assinadas por José Van Humbeeck. Essas salas destinaram-se às classes da Escola -Modelo Complementar- alunos de idade entre 11 a 14 anos.
Foto de 1895, com a construção das 6 salas de uma das alas. A parte arredondada foi mais tarde substituída pelo auditório, pronto em 1941, e na frente encontra-se o ginásio esportivo.
1895- O ginásio esportivo e a outra ponta do "U"sendo reformada, para acréscimo de mais salas
Parte interna do ginásio esportivo. Acima, à esquerda reparem nas janelas em Arco e comparem com a fachada da foto anterior.
1896- Relatório de Alfredo Pujol onde é apresentado tudo o que acontecia dentro da Escola Normal
Conteúdo da publicação acima, descrevendo a arquitetura do edifício
Década de 1930- o ginásio e atrás dele o prédio do Jardim de Infância. Ambos demolidos em 1940 para dar lugar à avenida projetada por Prestes Maia ( av. que antecede a São Luis)
1895- parte interna do anfiteatro que foi demolido para dar lugar ao auditório. Reparem que no estandarte ao fundo aparece o globo, o livro e os ramos que depois surgiram como emblema da escola
1895- Subida da escada que dava acesso para o segundo andar: paredes adornadas e piso de madeira
1895-primeiro andar- piso de madeira e biombos que davam acesso às salas de aula
1936- Piso que substituiu a madeira nos corredores
1895- escadaria em frente à entrada principal: Piso de ladrilho hidráulico, esta era a única escadaria em mármore, as outras eram feitas de madeira
1895- hall principal com piso de ladrilho hidráulico e paredes adornadas. O forro era de madeira
Com a reforma de 1936 o ladrilho hidráulico é substituído pelo mármore , as colunas ganham detalhes em latão dourado e o forro de madeira é substituído , ganhando elementos greco-romanos
Foto da década de 1980 mostrando a reforma terminada em 1936- Hall com piso em mármore e forro com detalhes, as portas da entrada principal que eram de madeira foram substituídas por ferro batido
Na reforma de 1936, foi acrescentado uma clarabóia acima da escadaria da entrada principal, que dá acesso aos 3 pavimentos
Década de 1910, antes da reforma, o edifício contava apenas com 2 andares
Desde a sua construção em 1894, o prédio da escola Caetano de Campos sofreu várias reformas. Projetada pelo engenheiro Paula Souza e desenvolvido e construído pelo escritório de Ramos de Azevedo, logo após o primeiro ano de funcionamento já sofreu a primeira reforma.
O prédio que tinha sido concebido em formato de U, foi acrescentado em cada ponta com algumas classes, mudando, então para o formato da letra E.
Planta original em forma de "U ". Ao centro, o edifício que abrigava o ginásio esportivo.
Planta de 1895, com o acréscimo de 12 salas de aula: 6 no primeiro pavimento ( 3 em cada ala) e 6 no segundo. As plantas são assinadas por José Van Humbeeck. Essas salas destinaram-se às classes da Escola -Modelo Complementar- alunos de idade entre 11 a 14 anos.
Foto de 1895, com a construção das 6 salas de uma das alas. A parte arredondada foi mais tarde substituída pelo auditório, pronto em 1941, e na frente encontra-se o ginásio esportivo.
1895- O ginásio esportivo e a outra ponta do "U"sendo reformada, para acréscimo de mais salas
Parte interna do ginásio esportivo. Acima, à esquerda reparem nas janelas em Arco e comparem com a fachada da foto anterior.
1896- Relatório de Alfredo Pujol onde é apresentado tudo o que acontecia dentro da Escola Normal
Conteúdo da publicação acima, descrevendo a arquitetura do edifício
Década de 1930- o ginásio e atrás dele o prédio do Jardim de Infância. Ambos demolidos em 1940 para dar lugar à avenida projetada por Prestes Maia ( av. que antecede a São Luis)
1895- parte interna do anfiteatro que foi demolido para dar lugar ao auditório. Reparem que no estandarte ao fundo aparece o globo, o livro e os ramos que depois surgiram como emblema da escola
1895- Subida da escada que dava acesso para o segundo andar: paredes adornadas e piso de madeira
1895-primeiro andar- piso de madeira e biombos que davam acesso às salas de aula
1936- Piso que substituiu a madeira nos corredores
1895- escadaria em frente à entrada principal: Piso de ladrilho hidráulico, esta era a única escadaria em mármore, as outras eram feitas de madeira
1895- hall principal com piso de ladrilho hidráulico e paredes adornadas. O forro era de madeira
Com a reforma de 1936 o ladrilho hidráulico é substituído pelo mármore , as colunas ganham detalhes em latão dourado e o forro de madeira é substituído , ganhando elementos greco-romanos
Foto da década de 1980 mostrando a reforma terminada em 1936- Hall com piso em mármore e forro com detalhes, as portas da entrada principal que eram de madeira foram substituídas por ferro batido
Na reforma de 1936, foi acrescentado uma clarabóia acima da escadaria da entrada principal, que dá acesso aos 3 pavimentos
Década de 1910, antes da reforma, o edifício contava apenas com 2 andares
Planta que mostra as sucessivas reformas:
1-verde-planta original de 1894-assinado por Ramos de Azevedo
2-rosa claro-planta com a reforma de 1895- assinado por José Van Humbeeck
3- acréscimo de banheiros em 1936, juntamente com o 3* andar assinado por Achilles Nacarato
4- auditório- terminado em 1941
5- acréscimo de 12 salas de aula em 1948 assinado por Romano Eitelberg
1940- na parte de trás do edifício abre-se uma nova avenida- sita da construção do auditório
1940
1940- Fachada com 3 andares e tapumes para a construção do auditório
Em 1978, quando a escola já não funcionava mais nesse prédio e já estava tombado pelo Patrimônio Histórico (1975), uma reforma para adaptar a Secretaria da Educação foi feita, aos cuidados do escritório do arquiteto Benedito Lima de Toledo.
Garagens subterrâneas foram criadas e floreiras nos páteos foram acrescentados, sem interferir na arquitetura do prédio.
No ano de 2011, arqueólogos estão descobrindo as cores originais das paredes para o prédio ser repintado.
Esta pesquisa foi desenvolvida por Patrícia Golombek-arquiteta formada pela Faculdade de Belas Artes em 1986
Para saber mais sobre a história da arquitetura deste edifício, olhar neste blog o mês de Abril
Fonte: Arquivo pessoal de Patrícia Golombek
CRE Mário Covas
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