Dos ex-alunos que estudaram na primeira série do Caetano de Campos em 1971, e se formaram do ginásio em 1978 no período da manhã, em homenagem a todos que estudaram ou trabalharam na maior Instituição Pública de Ensino de São Paulo.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
1978- Ano da Mudança
Folha de São Paulo- 15/01/1978
Estado de São Paulo- 11/02/1978
Folha de São Paulo- 17/02/1978
Folha de São Paulo- 20/02/1979
Folha de São Paulo- 6/02/1987
Estado de São Paulo- 11/02/1978
Folha de São Paulo- 17/02/1978
Folha de São Paulo- 20/02/1979
Folha de São Paulo- 6/02/1987
Iracema de Oliveira Carlos: uma carta de protesto
Iracema de Oliveira Carlos recebeu após a sua morte , o nome de uma escola em Ibitinga.
Fonte: CRE Mário Covas
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
A mudança: O fim de uma Era
Este é parte do filme do encontro dos 120 anos de morte de Caetano de Campos, em setembro de 2011, onde Modesto Carvalhosa discursa sobre a Escola e como quase esta foi demolida
Em 1968- Antes da Reforma de Ensino de 1971, o Instituto Caetano de Campos era uma Autarquia, passou então a ser subordinado à Secretaria da Educação, perdendo as verbas até chegar ao estado de precariedade.Em 1974, quando nossa turma estava na quarta série do primário, fomos chamados à uma solenidade no auditório da escola. Iríamos conhecer o presidente do Metrô, acompanhado de alguns engenheiros da Companhia.
Naquela época, cogitava-se a construção da Estação República, com a construção de um novo centro comercial e com a idéia de uma nova revitalização do centro, já decadente.
A grandiosa Estação República , seria construída ao lado da nossa escola, na Praça O presidente do metrô Plínio Assmann e seus assistentes da época explicavam a importância de se ter um transporte como o metrô e seus benefícios para a cidadeNo ano de 75, com a censura de imprensa, pouco podia se falar sobre política ou qualquer coisa que pudesse causar o fechamento das empresas ligadas à comunicação e ao longo daquele ano só se falava em 3 assuntos diariamente nos jornais: poluição, meningite e Metrô.Neste ano, assumiram os cargos de governador e prefeito de São Paulo, Paulo Egydio Martins e Olavo Setúbal, este sendo indicado pelo primeiro, pois naquela época não havia eleições diretas para o cargo de prefeito.Paulo Egydio também indicou José Bonifácio Coutinho Nogueira para a Secretaria da Educação e José Mindlin para Cultura, Ciência e tecnologia, entre outros secretários.
Plinio Assmann foi reeleito presidente do Metrô.
A localização da Estação República ainda estava indefinida. O metrô tinha 3 opções para a construção da mesma: a primeira, depois descartada, seria a derrubada da parte central da Praça; numa época em que toda a opinião pública estava mobilizada na questão da poluição e preservação de áreas verdes, seria um total desastre.
“Em 1973, o Metrô, como símbolo ditatorial do milagre brasileiro queria destruir a própria Praça da República, derrubando suas árvores para construir uma das maiores estações do mundo.Contra essa intensão se levantaram em campanha a “Folha de São Paulo”e o vereador João Brasil Vita, que era presidente da Câmara Municipal-Explicou que refletindo a revolta absoluta da população, ambos acabaram bloqueando a iniciativa.
Dois anos depois, em 1975, Plinio Assmann sabia que não poderia contar com aquela opção.As duas outras 2 opções eram a parte entre a Praça e a escola, que pelo mesmo motivo de preservação da Praça era descartada e a Terceira: uma estação sob a escola. O problema era que a estação deveria ter a grandiosidade desejada pelo Metrô e Governo, não apenas saídas em pontos isolados em volta da Praça .
Mas uma notícia veiculada pela Folha de São Paulo do dia 15 de abril de 1975 sob o título: Plano de emergência: primeiro as reformas “ ,que se iniciou todo o processo da mudança da Escola:
Em primeiro lugar , o secretário descreve como seria o novo programa de Redistribuição da Rede Física- Plano Estadual de Implantação da Reforma de Ensino: Todo aluno deveria estudar em escolas perto de sua residência, em Segundo lugar: todas as escolas deveriam estar niveladas quanto ao ensino, ou seja, nada de escolas de ensino superior às outras. O secretário considerava certas escolas como o Caetano de Campos “elitizadas “, com clientela “privilegiada “e “prestigiosa”.
O Caetano de Campos , que estava no patamar de Escola Modelo seria nivelado às demais escolas da Rede Estadual de Ensino: naquele dia estava decretado o fim da qualidade de ensino público no Estado de São Paulo, e no Brasil.
Em seguida veio a declaração bombástica: o secretário declarou que iria transferir a escola para um novo prédio com instalações modernas e adequadas na Rua Pires da Motta, no terreno onde funcionava a Faculdade de Medicina Veterinária da USP, pois transformaria o prédio da escola na Secretaria da Educação.
No dia 5 de outubro , em matéria publicada pela Folha de São Paulo, o sr José Bonifácio publica oficialmente a nova política de reunificação das Escolas da Rede Pública.Devido à esse programa , uma novidade: o Secretário cedeu o prédio da escola para a prefeitura em troca de 70 novos terrenos em pontos diversos da cidade para a construção de novas escolas, desistindo assim de transformar o prédio da escola em secretaria da Educação. O prédio deveria abrigar, então a estação do metrô.
No dia 7 de outubro em meio à protestos quanto à localização da estação do metrô e receio de uma possível intervenção e descaracterização do prédio, até mesmo uma possível demolição de suas instalações, um grupo de ex-alunos liderados por Luis Celso Piratininga reune documentos como a de consultoria do engenheiro e especialista em fundações e mecânica dos solos Sigmundo Golombek, encarregado das sondagens e projeto das fundações da obra, para dar a possível solução para localização da estação a ser construída. Este deu , então 3 opções:
“Rapidamente, toda a sociedade civil foi-se mobilizando contra o crime cultural anunciado. E no esforço de encontrar uma saída judicial possível em período que quase não havia maneira de se opor ao poder discricionário, o Assessor Jurídico da Assembléia Legislativa, Sérgio Borgest, trouxe o subsídio daquele valioso patrimônio cultural: não poderia o Estado entregar o terreno do Caetano de Campos ao Metrô, sem que a Assembléia Legislativa ( com a maioria do MDB) aprovasse a venda ou permuta, através de lei própria.Alertado para o impedimento illegal, o Secretário da Educação, o maior entusiasta da demolição, pôs-se a campo para encontrar terrenos da prefeitura que pudessem ser “permutados “ pelo da Escola da Praça.
28/05/76-Setúbal tentará poupar o Caetano- O prefeito anuncia que determinou à Companhia do Metrô que estudasse a alternativa de construir a estação entre e Escola e a Praça e que construa 5 acessos ao longo da Praça.
Em fevereiro de 1978, as obras do metrô se iniciaram.
Em 19 de fevereiro de 1979, ao inaugurar a nova sede da Secretaria da Educação, o Secretário José Bonifácio, em seu discurso, alinhando rapidamente suas realizações, criticou o manifesto dos ex-alunos contra a mudança da escola e avisou que estava falando com o coração. Elogiou o governador e criticou o “ modesto jurista “, que era contrário à mudança, referindo-se ao Dr. Modesto Carvalhosa, um de seus maiores adversários na luta contra a demolição do prédio.
a) o centro da Praça
b) o calçadão diante da escola
c) o pátio da escola
Deram também a sugestão de mais 3 locais no entorno: no Cine República, um terreno de estacionamento na esquina da Marques de Itú ou no triângulo onde se encontravam as Ruas Araújo, Major Sertório e Av. Ipiranga.
Dia 9/10, matéria: Caetano: ex-alunos irão à Geisel, fala sobre a reunião às 18:30 daquele dia na Associação Paulista de propaganda com ex-alunos, alunos, professores e ex-professores e do manifesto que o Dr. Modesto Carvalhosa estava preparando para ser enviado ao Presidente Geisel, além de uma ação popular que já contava com centenas de assinaturas e que deveria entrar na justiça.Lembro-me perfeitamente de ter sido convocada, juntamente com meus colegas, dias depois daquele encontro, a participar de um abaixo assinado na entrada principal do prédio da escola, eu estava então, na quinta série.
A última aula foi suspensa e todas as turmas reuniram-se nas escadarias em frente à porta principal, onde aqueles ex-alunos mais velhos contáva-nos dos preocupantes acontecimentos e a necessidade de nos unirmos para evitar a destruição de nossa casa.
A Folha de São Paulo divulgava diariamente todo o desenrolar dos acontecimentos.Cinco mil alunos e ex-alunos assinaram o abaixo-assinado, que seria levado para o Presidente da República.
No mesmo dia, foi proposto à Assembléia Legislativa em 2 projetos de lei apresentados pelos deputados Osiro Siveira (MDB) e Vadi Helu (Arena), o primeiro propondo a continuidade do Caetano como escola e o Segundo propondo o tombamento do prédio como Patrimônio Histórico.
Dia 12/10 – comentário sobre o celeuma criado pelo assunto e comentando sobre um projeto de Lei na Câmara Federal em Brasília, propondo o tombamento do prédio.
Esse projeto foi proposto pelo deputado Ruy Codo, pai de alunos na escola.
O prefeito Olavo Setúbal, ex-Caetanista, tinha suas dúvidas sobre a demolição do prédio. Mas , devido aos custos apresentado pelo Metrô em relação ao reforço das fundações da Escola, ficou sem saída.
Ernest Mange, engenheiro que trabalhava com Olavo Setúbal foi totalmente contra a demolição do prédio e numa das reuniões protestou e saiu indignado com o caminho adotado pela Prefeitura, pelo Governador e pelo presidente do Metrô. Abaixo um texto descrito pelo Dr. Modesto Carvalhosa, um dos responsáveis pelo salvamento de nossa escola, que entrou com uma ação popular contra a demolição:
Em novembro de 1975 a associação dos ex-alunos, com fundamento na falta de autorização legislativa, entrou, na pessoa de alguns de seus membros fundadores, com uma ação popular no foro de São Paulo, junto à 5* Vara da Fazenda Estadual, solicitando a liminar da demolição por ausência da citada autorização legislativa. Subscreveram a ação: Plinio Tadeu Malheiros, Eusilles Pastore, Bernardo Lorena, Antonio Caetano de Campos Neto, Modesto Carvalhosa e Celso de Almeida Roberti.
Nesse interim, o Secretário da Educação do Estado entrou com um pedido de permuta e autorização junto à Assembléia legislativa, o qual foi rejeitado.”
O Secretário da Educação entrou com um pedido de anulação do projeto proposto.Em 20 de Novembro de 1975, foi aprovado o Projeto de lei n* 5.091, dispondo sobre o tombamento, como monumento histórico do Estado de São Paulo, do edifício do Instituto de Educação Caetano de Campos, do projeto proposto pelo Deputado Ruy Codo.
No mesmo dia, a Assembléia aprova o projeto de tombamento proposto por Osiro Silveira.
José Mindlin, Secretário da Cultura via a situação como um vespeiro que envolvia problemas técnicos, econômicos e politicos. Achou que o tombamento era Inconstitucional, já que somente o Condephat poderia tombar o prédio do Caetano de Campos. *******************
Em 1975 ao assumir sua gestão no governo do Estado, Paulo Egidio Martins criou a Secretaria da Cultura, Ciência e tecnologia, à qual foi integrado o Condephat.
O Condephat, da época era um orgão ainda se solidificando, além de não possuir a força e poder que naturalmente adquiriu com o passar dos anos, naquela época estava intimamente ligada ao governador. Por esse motivo as pessoas mobilizadas em tentar tombar o edifício do Instituto Caetano de Campos procuraram no primeiro momento outros meios de tornar o tombamento viável.
Aventou-se construir a estação demolindo-se o edifício Ester, ao lado da Praça e desapropriar inúmeros imóveis na rua 7 de abril, pois a demolição do prédio do Caetano não iria acontecer. O edifício Ester, marco na arquitetura paulistana ( projeto de Vital Brazil e Adhemar Marinho) pertencia à família do Secretário da Educação construido para abrigar a sede dos escritórios da Usina Ester.Assim que soube desta possibilidade, o Secretário da Educação logo entrou com o pedido de tombamento do Edifício Ester .
No dia 22/11 em material de destaque na primeira página da Folha de São Paulo aparece a seguinte notícia: Exige-se o sequestro do ”Caetano”, O Caetano será sequestrado judicialmente, tão logo o Governador Paulo Egydio sancione ou promulgue a lei de seu tombamento.
O que se pedia era que fosse nomeado um fiel depositário, um responsável pelo prédio, que ficaria responsável a zelar por ele. No caso o nomeado seria o cargo de Secretário da Educação, mesmo que se mudassem os secretários durante os processos que são longos, a pessoa que ocupasse o cargo seria responsável.
O outro projeto que também pedia o tombamento do prédio, de autoria do dep. Wadih Helou, foi arquivado já que era o mesmo que havia sido votado e que era de autoria do dep. Osiro, que foi por unanimidade votado à favor do tombamento pelos membros da Assembléia Legislativa.
Um documento deveria ser feito então e encaminhado para o gov. Paulo Egydio, que deveria sancionar a Lei de Tombamento. Caso o governador fosse desfavorável ao tombamento, os deputados poderiam votar não concordando com a posição do governador.
Logo após que soube da votação favorável dos deputados da Assembléia, Osiro Silveira inscreveu o tombamento no Condephaat.
Plínio Assmann, após uma reunião no dia 27/05 com o prefeito diz que este adotou a medida com o objetivo de proteger o Patrimônio Histórico e cultural da cidade, representado pelo Instituto Caetano de Campos.
O prefeito eliminou definitivamente a derrubada tanto da escola como do Edifício Ester.
A fim de que o prédio da escola não fosse afetado, seria aberto uma vala, na frente da escadaria principal, com paredes de diafragma para escorar a terra em volta. As paredes deveriam ter concreto de 1 m de espessura.
Em abril de 1976, o Juiz da Vara do Forum João Mendes, consciente da gravidade política de uma eventual decisão judicial em plena ditadura que daria vitória popular contra determinacão governamental, aconselhou o Secretário da Educação que desistisse da demolição, prometendo arquivar a ação popular. A sugestão foi aceita.
Este Juiz avisou , então o Governador Paulo Egídio da decisão. Diante da pressão popular e do vulto que a questão foi tomando proporções cada vez maiores,de dimensão nacional, dentro do próprio Palácio dos Bandeirantes, iniciava-se um movimento de rebeldia contra a demolição do prédio. D. Julia Martins, mãe do governador e ex-aluna do Caetano de Campos, junto ao Condephat estudava a possibilidade de tombar o prédio, pondo fim à crise.3/06/76- Prédio do Caetano é tombado pelo Condephaat- anuncia Max Feffer, o novo secretário da Cultura Ciência e Tecnologia. O secretário diz que a função do prédio da escola caberá ser decidida pela Secretaria da Educação, ao qual o prédio pertence.
26/06- Educação quer mudar alunos do Caetano- o secretário José Bonifácio confirmou em depoimento perante o juiz da 5* vara da Fazenda Estadual, nos autos da ação popular movida pelos ex-alunos que a Secretaria pretende transferir os alunos do estabelecimento para 2 outros locais- afirmou que o prédio tombado não será tocado, e que as obras não interferirão nas aulas. Disse também que o prédio vai abrigar a Secretaria de Educação.A ação popular iniciada em 1975 foi encerrada em 1977 . Quem perdesse a causa teria que pagar as custas do processo e os honorários do advogado de defesa , Heli Lopes Meireles, os 6 ex-alunos que entraram com a ação não precisaram pagar.
Em 1976, nas nossas carteirinhas de presença já aparecia o nome Escola de 1* e 2*Graus, Caetano de Campos,ou seja, o Instituto já não existia mais.
Mudaram nossos uniformes, foram substituidos por aventais brancos colocados em cima de nossas roupas. Em 1977, percebemos, pela primeira vez nossas vidas as diferenças sociais.
Conseguiram acabar com o nome, a identidade e a beleza da escola: até então não existia diferença de raças, credos e classes sociais, tudo isso mudara.
Em dezembro de 1977, o secretário da Educação do Estado, providenciou a remoção do Instituto Caetano de Campos do Edifício da Praça da República, cindiu-a, deslocando seus alunos e professores para dois edifícios, um novo na Aclimação e outro na antiga Escola Alemã na Praça Roosevelt. Para acabar de vez com a condição especial que a escola manteve por todo o tempo que esteve na Praça, nivelou-a às demais da Rede Estadual de ensino. Estava decretado assim o final de um dos maiores símbolos de qualidade de ensino público do país.
A associação dos ex-alunos, dirigida então pela ex-diretora da escola D. Carolina Ribeiro, lutou até o fim, para que não houvesse a mudança da escola, mas nada poderia ser feito a respeito.
Eu fui terminar a oitava série, no prédio da Aclimação, alguns colegas optaram pela Praça Roosevelt e outros simplesmente se transferiram para escolas particulares.
A maioria dos professores pediu a aposentadoria, outros transferiram-se para outras escolas e muito poucos continuaram no Caetano. Minha oitava série foi um fiasco! Nada dos tais métodos pedagógicos de primeira qualidade prometidos foi cumprido. Modesto Carvalhosa declarou que “A ocupação do prédio vai ser um monumento da mordomia governamental” e que com os gastos feito para a reforma do prédio da nova secretaria daria para se construir cerca de 50 escolas.
Dia 22/02/79- Secretário refuta às críticas e responde que tem a consciência tranquila.
Pergunte à qualquer aluno ou ex-aluno da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, se lhe dessem um prédio novo, com todas as mais modernas instalações, se eles aceitariam mudar-se de lá.
Hoje,depois que tive este pensamento li incrédula o que
Raul Schinden, ex-aluno,ex-professor e ex-diretor declarou no dia 20/02/79 : “O Caetano de Campos está para a Praça da República assim como a Faculdade de Direito está para o Largo de São Francisco.
O Caetano de Campos não era só um prédio, era uma parte da História que foi injustamente encerrada.
Patrícia Golombek
Este é um resumo de um dossiê de 28 páginas sobre o levantamento de matérias do Jornal "Folha de São Paulo" de 1975 à 1978, demorei para publicar porque esse assunto me dá uma raiva danada.
Eliana Cáceres
Se houve uma pessoa apaixonada pela escola e que lutou pela preservação de sua memória, essa pessoa chamava-se Eliana Cáceres. Eliana preocupava-se com a preservação do acervo da Escola e juntamente com a colega Dagmar Ferreira corria atrás de medidas para que a memória da Escola não fosse desintegrada. Presidiu a Associação dos ex-alunos que em 1994 mantinha uma sala dentro do prédio da Secretaria da Educação, conseguiu com o apoio do governador Fleury concretizar a idéia de se criar a Casa Caetano de Campos e viabilizou o projeto da edição de um importante livro no Centenário do prédio da Escola em 1994. O livro coordenando por Maria Cândida Delgado Reis: "Caetano de Campos"Fragmentos da História da Instrução Pública no Estado de São Paulo, conta a história desta Instituição que permaneceu por 83 anos na Praça da República. Esse livro me serviu de guia para a pesquisa que tenho feito à respeito da escola, eu ganhei meu exemplar em 1994, quando foi feito um encontro de ex-alunos. Infelizmente Eliana, essa caetanista lutadora e apaixonada, veio a falecer à alguns anos atrás, deixando saudades em todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com essa pessoa amável e dinâmica.
Vamos continuar lutando para que nossa memória seja preservada: nós desejamos que o acervo seja reunido, preservado, digitalizado e cuidado sempre de uma maneira digna da maior Escola de Instrução Pública que o Brasil já teve, isso é um tesouro pra todos nós brasileiros.
1994- à direita: Modesto Carvalhosa - Presidente de honra da Associação de ex-alunos e Eliana Cáceres presidente da Associação em ocasião do descerramento da placa "Casa Caetano de Campos", esta placa encontra-se no hall principal do prédio da Praça, logo ao lado esquerdo.
Objetivos da Casa" Caetano de Campos"
Carta de Eliana, agradecendo à parte do patrocínio do livro em comemoração aos 100 anos da escola, em outro documento, ela agradece também à Olavo Setúbal , ex-aluno, à colaboração do Banco Itaú na ajuda para viabilizar o projeto.
Carta de Eliana para o Governador Fleury
Capa do livro- a edição era limitada e não há mais exemplares disponíveis, porém entrevistei ( filmei) os autores das matérias escritas no livro, assim como já publiquei no blog os assuntos abordados
Vamos continuar lutando para que nossa memória seja preservada: nós desejamos que o acervo seja reunido, preservado, digitalizado e cuidado sempre de uma maneira digna da maior Escola de Instrução Pública que o Brasil já teve, isso é um tesouro pra todos nós brasileiros.
1994- à direita: Modesto Carvalhosa - Presidente de honra da Associação de ex-alunos e Eliana Cáceres presidente da Associação em ocasião do descerramento da placa "Casa Caetano de Campos", esta placa encontra-se no hall principal do prédio da Praça, logo ao lado esquerdo.
Objetivos da Casa" Caetano de Campos"
Carta de Eliana, agradecendo à parte do patrocínio do livro em comemoração aos 100 anos da escola, em outro documento, ela agradece também à Olavo Setúbal , ex-aluno, à colaboração do Banco Itaú na ajuda para viabilizar o projeto.
Carta de Eliana para o Governador Fleury
Capa do livro- a edição era limitada e não há mais exemplares disponíveis, porém entrevistei ( filmei) os autores das matérias escritas no livro, assim como já publiquei no blog os assuntos abordados
Fonte: CRE Mário Covas e arquivo Patrícia Golombek |
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Professores década de 1970
D. Beatriz, D. Maria Pedrina Pagliusi, D. Odete Goldstein, D . Kiyome, D. Marli, X, D. Georgina
D.Maria José prof. dos deficientes visuais , D. Edith, D. Ilse, D.Lúcia Biondo
Esposa de Caetano de Campos Neto, D. Yolanda de Paiva Marcucci, D. Maria Medeiros
D. Maria Luiza, D. Ilse, D. Maria Helena Chagas, X.., X.., D. Berta
Na frente Ciro, filho de D. Ilse, atrás D. Ilse e D. Berta Luxemburgo de Castro
1971- Ciro e D. Kiyome no dia da entrega do livro Onde está o Patinho
As duas últimas da direita: D. Edith, D.Luzia Terezinha
D.Silvia, X.., D.Ézer prof. do jardim, D. Valburges, D. Maria Rosalinda, D. Cida prof do Jardim
D. Carminha, Maria Amélia à esquerda, de lado. De frente: D. Carmela,diretora do primário, Yolanda, D. Kiyome, D. Lúcia Biondo , funcionária da secretaria, D. Berta de Castro e atrás D. Ilse
1977- D.Valburges, diretor Jorge, prof. Casagrande, D. Maria Helena Chagas
D. Ilse ao centro e à direita D. Ézer
Fotos do acervo de D. Ilse Julia Heise Oliveira, foi professora e diretora do Caetano de Campos
D.Maria José prof. dos deficientes visuais , D. Edith, D. Ilse, D.Lúcia Biondo
Esposa de Caetano de Campos Neto, D. Yolanda de Paiva Marcucci, D. Maria Medeiros
D. Maria Luiza, D. Ilse, D. Maria Helena Chagas, X.., X.., D. Berta
Na frente Ciro, filho de D. Ilse, atrás D. Ilse e D. Berta Luxemburgo de Castro
1971- Ciro e D. Kiyome no dia da entrega do livro Onde está o Patinho
As duas últimas da direita: D. Edith, D.Luzia Terezinha
D.Silvia, X.., D.Ézer prof. do jardim, D. Valburges, D. Maria Rosalinda, D. Cida prof do Jardim
D. Carminha, Maria Amélia à esquerda, de lado. De frente: D. Carmela,diretora do primário, Yolanda, D. Kiyome, D. Lúcia Biondo , funcionária da secretaria, D. Berta de Castro e atrás D. Ilse
1977- D.Valburges, diretor Jorge, prof. Casagrande, D. Maria Helena Chagas
D. Ilse ao centro e à direita D. Ézer
Fotos do acervo de D. Ilse Julia Heise Oliveira, foi professora e diretora do Caetano de Campos
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Encontro Caetano de Campos
Encontro de ex-alunos e professores no dia 20 de setembro de 2011.
A poesia declamada no evento por Angela dos Reis Amoroso é de sua mãe Cecília Bueno dos Reis Amoroso, autora da cartilha "Onde está o Patinho", usado na alfabetização de várias gerações da Escola.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Turma de 1975- Ginásio
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Colégio Roosevelt dentro do Caetano de Campos
No ano de 1946, no curso noturno, a Escola recebeu alunos do curso do Colégio Estadual Presidente Roosevelt, os quais permaneceram até 1950. Em alguns documentos guardados no acervo da Escola, aparecem correspondências a respeito de como uma "confusão generalizada"estava ocorrendo dentro do prédio da Escola. O diretor da época foi Francisco Cimino ( 1950/1951) que foi "denunciado"por inúmeras irregularidades e mesmo antes dele assumir a direção da escola em 1948, o Diário Oficial questionava a legitimidade do Colégio Est. Pres. Roosevelt estar dentro do Caetano de Campos.
Segundo o depoimento da colega Eloísa Salvato, que estudou na Escola na década de 1950:
Se hoje existe professores apanhando de alunos, naquela época aparecem histórias de dentro das salas de aula e até mesmo o contrário: um aluno foi "esmurrado"pelo professor de Educação Física até desmaiar na aula, quem diria? Eu comecei a ler estes documentos e comecei a rir, não do fato ocorrido, é lógico, mas da maneira como foi descrito : nem tudo foi um mar de rosas dentro da nossa Escola!
Tentativa de "linchamento"do médico da Escola pelos alunos ( o médico havia "esbofeteado "um aluno, o que causou a ira dos colegas, o caso foi descrito em outro documento pela prof. Marina Cintra), desacato à prof. de Francês durante exame final, quando o presidente da banca "atracou-se" com o aluno em defesa da professora. Além dos alunos do Grêmio ( alunos do ginásio) ficarem jogando cartas e dados, coisas ofensivas à moral, etc...
1950- alguém não gostava do diretor....prof esmurra aluno
Segundo o depoimento da colega Eloísa Salvato, que estudou na Escola na década de 1950:
"O que aconteceu na época é que havia muito Grupo Escolar, que era primário. Depois da guerra começou uma grande procura para o Ginásio e Colegial. Não havia prédios suficientes e esses cursos eram dados nos prédios de Grupos, à noite. Criou-se esse monstro, que é uma escola, dentro de outra. Eu mesma fiz o clássico no C.E. "Brasílio Machado", que funcionava no Grupo Escolar Mal. Floriano. Eram duas escolas diferentes, mesmo porque os diretores de Grupo não eram habilitados para serem diretores de Ginásio e Colégio. Eu não pude ficar na Caetano porque só tinha magistério.
Se hoje existe professores apanhando de alunos, naquela época aparecem histórias de dentro das salas de aula e até mesmo o contrário: um aluno foi "esmurrado"pelo professor de Educação Física até desmaiar na aula, quem diria? Eu comecei a ler estes documentos e comecei a rir, não do fato ocorrido, é lógico, mas da maneira como foi descrito : nem tudo foi um mar de rosas dentro da nossa Escola!
Diário Oficial de 1948- questionando o procedimento a ser adotado pelo diretor do Caetano em relação aos alunos da outra escola- assinado pelo deputado Rubens do Amaral, que depois é citado em 1950
Em 1950, o Curso Clássico é incluído na Escola- aparece uma citação do Colégio Estadual Pres. Roosevelt
Oscar Resende de Lima- Inspetor Federal do Colégio Pres. Roosevelt- desde 1946
Aqui a história se complica: leiam todo o documento porque é muiiiito interessante, aparece de tudo: denúncias e brigas- 1950
1950- alguém não gostava do diretor....prof esmurra aluno
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