terça-feira, 15 de novembro de 2011

Revolução de 1932






Feriado estadual desde 1997, a Revolução Constitucionalista explodiu em 1932 quando a população paulista se rebelou contra o governo ditatorial do então presidente Getúlio Vargas. São Paulo lutou por uma constituição ocasionando um dos grandes episódios da história do país. Mais de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados aliados ao Governo Federal. O resultado não poderia ser pior, mais de 850 pessoas vieram a falecer pelo ideal constitucionalista na cabeça e no coração.


General Júlio Marcondes Salgado, ( avô de Eloísa Salvato), usando a Medalha de         Serviço,a Medalha da Legalidade e a Ordem de Leopoldo II


Júlio Marcondes Salgado nasceu no dia primeiro de Julho em 1890 na cidade de Pindamonhangaba.Em Junho de 1907 se alista na Força Pública, no Corpo de Cavalaria, atual Regimento de Cavalaria "9 de Julho", na cidade de São Paulo. Em maio de 1912 se casa com Ophelia Acritelli. O casal teve 2 filhos, Waldemar e Jandira. Em 1914 ingressa na Escola de Oficiais, conclui o Curso em 1915 e por Decreto, do dia 29 de Abril de 1915, é promovido ao posto de Alferes para servir no Corpo de Cavalaria. Em 1922 foi agraciado com a Cruz de Cavaleiro da Ordem de Leopoldo II da Belgica durante a visita do Rei da Belgica a São Paulo, por ter participado ativamente de sua escolta.
Foi promovido a Capitão em 1924 e neste ano participou ativamente da Revolta de Julho, lutando contra os rebeldes. No dia 7 deste mês comandou com sucesso a retomada da Estação Roosevelt, no Brás. Em 1927 foi promovido a Tenente Coronel, tornando-se Comandante do Regimento de Cavalaria da Força Pública. Em 23 de Maio de 1932 passou a ser o Comandante da Força Pública e foi um dos principais articuladores da Revolução de 1932 remodelando todo o quadro da Força Pública com oficiais favoráveis a causa paulista .
No fatídico sábado dia 23 de Julho (sempre o sábado, o pior dia da semana para os constitucionalistas) o Comandante Salgado juntamente com outros Oficiais da Força Pública e o General Bertholdo Klinger está no campo de testes em Santo Amaro (onde hoje está localizado o Terminal de passageiros do Aeroporto de Congonhas) onde são demonstrados artefatos bélicos, dentre eles uma bombarda desenhada pelo Major José Marcelino da Fonseca e produzida pela Politécnica. Durante os testes o bocal do pequeno canhão explode e um dos estilhaços atinge mortalmente o comandante Salgado e o Major Marcelino. O General Klinger recebeu um estilhaço no braço, ferindo-se ligeiramente. Feridos foram, também levemente, alguns Oficiais do Exército e da Polícia: Ten CEL Salvador Moya, o Ten Saraiva e o político Wladimir de Toledo Piza, que na década de 50 seria prefeito da Capital. O lançador defeituoso que estilhaçou e causou a morte dos militares encontra-se hoje no acervo do Museu Paulista.





  HHHHHino em homenagem ao General Júlio Marcondes Salgado, que foi ensaiado pelo orfeão da escola com o prof Rui Botti Cartolano e se apresentou no canal 4.





                     Manifesto elaborado pelo General Júlio Marcondes Salgado



                             Túmulo do General Júlio Marcondes Salgado


      Multidão que ia às ruas- 1932


as pessoas recebiam com os dizeres: doei ouro para São Paulo

Para homenagear esta epopéia paulista, em 1942 iniciou-se a construção do Obelisco dos Heróis de 1932 sendo finalizada em 1970. Projetado pelo escultor italiano Galileo Emendabili (1898-1974) o Obelisco possui 70 metros e não é uma simples obra com a finalidade de homenagear os soldados constitucionalistas. Dentro do Obelisco estão os restos mortais de muitos combatentes tornando-se um Obelisco Mausoléu.

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