segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Caetano de Campos Década de 1920 e a Escola Nova



No filme acima aparece a Escola na década de 1920, com um relógio instalado na fachada, nunca visto em outros filmes e fotografias, aparece a Praça da República e alunos da escola brincando de roda.


Prestem atenção no último parágrafo do texto abaixo, após a foto, é de extrema importância sobre a História do Caetano de Campos.
 A partir dos anos1920,  proliferava, no Brasil, a crença de que residia, na Educação, a solução de todos os problemas nacionais. Foi nessa década que se presenciou um grande movimento de modernização do país. Ao lado da urbanização e de transformações econômicas que decorreram da industrialização, houve uma verdadeira renovação cultural. Esse movimento modernizador atingiu também a educação, e uma plêiade de educadores propôs, e em parte realizou, profundas reformas em todos os níveis de ensino.

Um dos movimentos mais importantes da época ficou conhecido com o nome de Escola Nova. Grandes temas e grandes figuras ficaram associados a esse movimento. A defesa de uma escola pública, universal e gratuita se tornou sua grande bandeira. A educação deveria ser proporcionada a todos, e todos deveriam receber o mesmo tipo de educação. Pretendia-se com o movimento criar uma igualdade de oportunidades. A partir daí, floresceriam as diferenças naturais segundo os talentos e as características de cada um. O ensino deveria ser leigo, ou seja, sem a influência e a orientação religiosa que tinham marcado os processos educacionais até então. A função da educação era formar um cidadão livre e consciente que pudesse incorporar-se ao grande Estado Nacional em que o Brasil estava se transformando. Entre os educadores que lideraram o movimento da Escola Nova estão Anísio Teixeira, da Bahia, Fernando de Azevedo ( mais tarde diretor da Escola Normal) e Manuel Lourenço Filho, de São Paulo.
Várias reformas foram realizadas no Brasil na década de 1920:
  • 1920 - Sampaio Dória realiza em São Paulo a primeira dessas reformas regionais do ensino.
     
  • 1922-1923 - Lourenço Filho é chamado ao Ceará para realizar a segunda dessas reformas.
     
  • 1924 - Anísio Teixeira traz para a Bahia a experiência que acumulou em cursos de educação nos Estados Unidos, onde foi aluno de John Dewey, o grande idealizador do movimento da Escola Nova norte-americano, que inspirou o do Brasil.
     
  • 1925-1928 - José Augusto Bezerra de Menezes, no Rio Grande do Norte, dá continuidade ao movimento de reformas. Nos anos de 1927-1928 é a vez do Paraná, com Lisímaco Costa. Nesses mesmos anos, Francisco Campos marca o estado de Minas Gerais com seu projeto de reforma. A mais importante de todas, no entanto, foi feita no Distrito Federal, então capital da República, liderada por Fernando de Azevedo nos anos de 1927-1930.
  • - a introdução, no país, do ideário da Escola Nova que preconizava uma fundamental alteração nos processos de ensinar-aprender, com ênfase na observação e experimentação. Daí a grande importância atribuída aos chamados “estudos do meio” e às excursões escolares para que os alunos observassem os diferentes “cenários da natureza”;
    - o nacionalismo que imperava na época, com a defesa de valores cívicos, a “valorização do que é brasileiro”, o culto aos heróis nacionais, a criação de grupos de escotismo, a defesa do contato direto com a Natureza





    1931- Na lousa aparece o nome Instituto Pedagógico - Foto: CRE Mário Covas


    Pela Lei Estadual n* 2.269 de 31 de dezembro de 1927 ocorreu a formação do professor à nível superior, o que culminou em 1931, por Lourenço Filho a elevação do Curso Normal da Escola da Praça à nível superior, diferenciando-se de outras escolas. Lourenço Filho cria assim o Instituto Pedagógico, novo nome da Escola Normal da Praça, acrescentando dois anos a mais no currículo, como uma extensão de aperfeiçoamento. Dois anos mais tarde, Fernando Azevedo transformaria o Instituto Pedagógico em Instituto de Educação ligado à USP, que funcionaria no prédio do Caetano de Campos.


    Mais fotos sobre a década de 1920 no mês de Agosto.


    Fontes:
    Reformas Educacionais- FGV- CpDoc
    Educação Superior, Pública e privada- Durham, Eunice R. 
    As concepções de natureza no ideário educacional no Brasila nas décadas de 1920 e 1930- Cavalari, Rosa Maria Feiteiro


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