segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Júlio de Mesquita Filho

Nasceu no dia 14/02/1892.
Cursou o primário na Escola Caetano de Campos, depois viajou para Lisboa onde cursou a Escola Academica e em seguida foi para a escola La Chateleine , em Genebra, que serviria às fuuras idéias sobre Educação e Ensino.
Em 1916 forma-se na Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1926 convida o educador Fernando de Azevedo ( que mais tarde se tornaria o diretor da Escola Normal) para coordenar o “Inquérito sobre a Instrução Pública”através das páginas do “ O Estado de São Paulo”e participa da fundação do Partido Democrático em São Paulo.



Fernando de Azevedo que já tinha dado aulas de latim e psicologia na escola Normal, na época era redator e crítico literário no Jornal.Esse inquérito teve a participação do próprio Fernando de Azevedo,Julio de Mesquita Filho, Cecília Meireles, Lourenço Filho, Sud Menucci,Hermes Lima, Paschoal Leme, Afranio Peixoto e Heitor Lira e acabou culminando no “Manifesto dos Pioneiros”.
Em 1927, após a morte do pai, assume a direção do jornal. Abre espaço para pesquisas e debates sobre Educação e defende a criação de uma universidade em São Paulo.
Em 1932 assina com mais personalidades ligadas à educação o ”Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”
O Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova foi lançado em 1932 num panorama de disputas políticas pelo controle do aparelho escolar, confrontando-se com as concepções de pensamentos pedagógicos humanistas católicos que privilegiavam a forma de uma educação integral do homem, enquanto ser criado por Deus e, por isso mesmo, a educação deveria ter princípios morais e religiosos ligados à tradição cristã. A lógica católica era contrária ao pensamento da modernidade, em que se privilegiava a ciência como promotora de progresso. Nessa posição, encontravam-se os renovadores que eram defensores de uma nova escola, promotora da ciência e da pedagogia moderna sob a égide do ensino público, gratuito, e laico. A idéia de uma escola laica sob controle do Estado defendida pelos Pioneiros da Escola Nova não encontrava respaldo dos católicos, que achavam as idéias totalmente de esquerda.
Os 25 educadores, além de Júlio de Mesquita Filho  que assinam o manifesto ligados de alguma maneira à Escola Caetano de Campos são 6: Fernando de Azevedo, Sampaio Dória, Lourenço Filho, Antonio Ferreira de Almeida Junior, Roldão Lopes de Barros, Noemy da Silveira ( Rudolfer) além de: Afrânio Peixoto, Anísio Teixeira, Roquete Pinto, Frota Pessoa, Raul Briquet, Mario Casasanta, Delgado de Carvalho,  JP. Fontenelle, Hermes Lima, Attilio Vivacqua, Francisco Venâncio Filho, Paulo Maranhão, Cecília Meireles,  Edgar de Mendonça, Armanda Álvaro Alberto,  Garcia de Rezende, Nóbrega da Cunha, Paschoal Lemme e Raul Gomes.

1934-Armando de Salles Oliveira ( nome do Campus da Cidade Universitária) cunhado de Júlio, interventor do Estado, assina o decreto da criação da Universidade de São Paulo  o decreto segue as propostas apresentadas por Júlio de Mesquita Filho e Fernando Azevedo.
Nesta se incorporou o Instituto de Educação ( antiga Escola Normal) agora denominada Instituto de Educação da Universidade de São Paulo transformando a Escola Normal em curso superior , essa transformação perdurou até 1938, depois voltou a ser Escola Normal novamente, dizem que por pressão da igreja católica  oposta às idéias de Fernando de Azevedo e seus colaboradores.
Júlio de Mesquita Filho faleceu no dia 12/02/69, foi um homem que entre muitas coisas, contribuiu para a qualidade e elevação do nível de ensino em nosso país. 

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